Reuniões remotas: como gerir as interações em videoconferências e aulas ao vivo para que elas sejam eficientes
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28 de julho de 2020Com a crise gerada pelo novo coronavírus, milhares de pessoas tiveram sua carga horária e remuneração reduzidas ou adaptadas, além daquelas que efetivamente perderam seus empregos. A concorrência para os cargos que surgirem agora e no pós-Covid-19 será ainda mais acirrada. Com isso, vem à tona uma questão que há muito se fala, mas que os profissionais de forma geral não davam a atenção devida: o autodesenvolvimento.
Ainda existe uma ideia de que é a organização que deveria prover a educação de seus colaboradores. E esta ideia é verdadeira quando a mesma se vale da educação corporativa, em suas mais diversas formas, para capacitar e atualizar o seu quadro de funcionários não somente com competências e habilidades técnicas necessárias para cargos ou projetos, mas também no que diz respeito à perpetuação do conhecimento organizacional, que vai desde a cultura e valores internos, até os processos produtivos mais complexos.
É fato que todo este trabalho de educação corporativa no qual um colaborador é inserido vai acompanhá-lo também em sua carreira profissional fora daquela corporação, engrandecendo ainda mais o seu repertório. No entanto, é preciso ir além. O profissional que deseja estar inserido no contexto atual precisa cuidar da sua carreira e ter em mente que a responsabilidade pelo seu crescimento é dele mesmo.
Dessa maneira, lançar mão do conceito de educação continuada e inseri-lo em seu dia a dia vai fazer toda a diferença para que este mesmo profissional se mantenha atrativo para o mercado, destacando-se, buscando uma promoção, ou para que mantenha seu emprego.
De forma objetiva, a educação continuada nada mais é do que a constante atualização de um indivíduo em todos os aspectos da sua vida. É nunca parar de aprender algo novo e que esteja em consonância com sua vida profissional ou pessoal. Vale lembrar que este direcionamento da aprendizagem traz um significado de aplicação prática e sentido para este novo conhecimento – tão importante para adultos aprendizes.
Mas, como saber o que eu desejo ou devo aprender? Os profissionais podem seguir um crivo bem simples e encontrar a resposta por onde começar em um dos tópicos a seguir.
1. O que a organização precisa
Converse com seu gestor e procure saber quais são as competências e habilidades que ele acredita que você necessita desenvolver ou aprimorar para melhor desempenhar sua função. Você também pode buscar compreender quais são os cenários futuros que a empresa vislumbra, por exemplo, no pós-pandemia, e o que ela vai esperar de cada colaborador. Uma dica é você já entender que os profissionais precisarão ser cada vez mais multifuncionais e, então, conhecimentos complementares serão bem-vindos.
2. O que você deseja para seu futuro
Outro aspecto é o que você vislumbra para a sua carreira. Se você possui uma meta, então aí está o caminho. Quais conhecimentos você precisa adquirir ou aprimorar para alcançar seu objetivo?
3. Mudança de carreira
Se o foco é mudar de área, de segmento ou mesmo empreender, a sua jornada de conhecimento precisa abarcar aqueles pontos mais críticos que você vai precisar conhecer para fazer a mudança.
Definido seu objetivo, é hora de traçar as metas de aprendizagem. Eu gosto de usar ferramentas digitais para condensar tudo o que eu preciso e desejo aprender e controlar este processo. Uma boa ferramenta é o Trello. Faça três cartões: um com as atividades que você está fazendo, com o prazo para finalizar, outra com aquelas que você deseja fazer posteriormente, em lista de prioridade, e outra para aquelas que você já finalizou, de modo que você registre a sua trilha de aprendizagem. Busque equilibrar o seu tempo disponível com o volume de estudos para não pesar e você acabar abandonando sua meta.
É muito importante que os profissionais ‘mudem a chave’ e enxerguem a educação continuada como uma estratégia para manter sua empregabilidade e, muito além disso, manter uma constante evolução como profissional e como pessoa.
Artigo publicado no site do OBSERVATÓRIO DA COMUNICAÇÃO .