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14 de março de 2023Que o excesso de informações, principalmente advindos das redes sociais, é real e nocivo, todos já sabemos – e sentimos na pele. Cansaço mental, queda no rendimento e, até mesmo, impactos na saúde física.
O conceito que representa esta percepção é a chamada “infoxicação” e foi concebido em 1996 pelo físico espanhol Alfons Cornella. De acordo com ele, a infoxicação ocorre quando um indivíduo recebe um volume muito maior de informações do que é capaz de processar. Como resultado, vem a sensação de culpa, desatualização e de vazio – como se sempre faltasse algo a ser absorvido e o tempo fosse escasso para isso.
Com o advento das redes sociais e a rapidez da pulverização das informações, este tema ganhou ainda mais evidência. De acordo com especialistas da Universidade de Berna, na Suíça, que participaram da Mostra de Comunicação de Berna em 2012, um ser humano tem a capacidade máxima de ler 350 páginas ao longo de 24 horas. Agora, imagine a soma de informações a que somos expostos todos os dias por meio do WhatsApp, redes sociais, internet, e-mails, jornais, rádios, televisão, youtube, dentre outros. Esse amontoado de dados pode chegar a cerca de 7.355 gigas, o que é equivalente a bilhões de páginas de livros.
E este volume médio anual não para de subir.
Outro fator preocupante está relacionado à veracidade e confiabilidade das informações que circulam na web. O consumo excessivo e desenfreado sem checagem de fontes é um dos principais culpados pela disseminação de fake news, o que se transforma em um círculo vicioso.
Em uma organização, este tipo de comportamento pode ser extremamente danoso. O excesso de informação asfixia e, com tanto ruído causado por ele, é impossível raciocinar, meditar sobre as questões do dia a dia, desenvolver pensamentos e ideias, muito menos solucionar problemas complexos.
Colaboradores improdutivos, dispersos, com dificuldade para se concentrar, ansiosos, estressados e com cansaço intenso ao desenvolver qualquer atividade, principalmente as que demandam concentração, foco e atenção plena. Como consequência, prazos são perdidos, projetos atrasam, a produtividade e eficiência caem, assim como a qualidade e os resultados.
Pessoas e organizações perdem!
Então, como evitar a infoxicação dos seus colaboradores?
O primeiro passo é promover uma campanha de conscientização, por meio de estratégias de comunicação corporativa, sobre a importância do equilíbrio no consumo de informações, envolvendo desde os níveis diretivos até os operacionais.
Algumas ações podem ser estimuladas, como a checagem de notícias antes de compartilhá-las, a limitação de tempo em redes sociais e em outros aplicativos que emitem alertas sonoros, e realizar uma limpeza em newsletters e outras comunicações em que o colaborador possa ter se cadastrado na internet e que acabam abarrotando a sua caixa de emails. Além disso, a empresa deve encorajar momentos de desconexão total durante o horário de trabalho, podendo ser aquele período do lanche ou do cafezinho da tarde.
Depois dessa conscientização, a empresa deve criar uma trilha de atualização contínua, com pílulas de conteúdos diárias desenvolvida em microaulas, enviadas por meio do WhatsApp ou rede de comunicação interna da empresa, além de registrada em Plataforma de EAD Corporativa para consulta posterior (ou para quem não desejar receber por mensagem). Estes conteúdos devem ser escolhidos por meio de uma curadoria sobre temas como país, cultura, economia, política, internacional e sobre as notícias e tendências do segmento da empresa. Assim, a organização auxilia seus colaboradores a se manterem bem informados e com informações checadas e relevantes.
Com estas ações, as organizações cuidam da saúde mental de seus colaboradores e podem desenvolvê-los de maneira consistente, utilizando a informações a favor de todos.